domingo, 12 de dezembro de 2010


A ARTE DE CUMPRIMENTAR PESSOAS

Prescila Alves Pereira

(ministro palestra sobre o tema - contato: prescilaalvespereira@msn.com)

O ato de cumprimentar uma pessoa faz parte de nosso dia a dia. No entanto, os erros que as pessoas cometem ao realizar este ato tão corriqueiro são enormes.
Um erro muito comum que as pessoas cometem ao cumprimentar uma pessoa, é o ato de não olhar nos olhos da pessoa a quem esta cumprimentando. Essa atitude de não olhar nos olhos da pessoa a quem se cumprimenta implica na falta de conhecimento dos critérios da boa educação.
Às vezes é melhor não cumprimentar uma pessoa do que cumprimentá-la e não olhá-la nos olhos. Porque a atitude de não olhar nos olhos significa extrema falta de consideração para com a pessoa. Tem pessoas que pensam assim: há mas não é ninguém importante. Além de ser uma atitude preconceituosa, é uma atitude de ignorância. Sim, porque ninguém sai por aí com o curriculum vitae nas mãos pra mostrar quem ou o que é. Ademais, todo ser humano, seja esse humano portador de títulos ou não, seja dono de uma fortuna considerável ou não, é um ser humano e como tal, merece todo o respeito. A pessoa que conhece e respeita os critérios da boa educação não faz acepção de pessoas em virtude de credo, raça, cor ou seja lá o que for. A pessoa bem educada trata a todos da mesma forma, independente da roupa a que esteja usando, do título a que tenha, da posição que ocupe, dos bens que possua.
O ser humano é único e digno de todo respeito. A pessoa que assim não age, semeia pela estrada de sua vida o sentimento de desrespeito por parte daqueles que presenciam tal atitude de desrespeito para com outrem. A pessoa que é vítima dessa atitude de desrespeito pega antipatia por tal pessoa. Os frutos dessas sementes não são bons frutos. Infelizmente ninguém conhece o dia de amanhã. Ninguém pode prever se amanhã tal pessoa vai ou não precisar dessa pessoa, que no bom português, foi vítima de uma atitude de desprezo.
É triste, mas as pessoas que mais cometem tal erro são pessoas que se intitulam doutores, altos executivos, donos de grandes propriedades, indústriais, empresários, professores, advogados, pastores, padres e por ai vai. Em outras palavras, os que deveriam ser exemplo da boa educação, tem agido com falta dela.
Bem, eu tenho tentado não cometer tal atrocidade e sinceramente, espero que esse artigo abra os olhos de pessoas que tem cometido esse erro, que com certeza, não passa desapercebido diante dos outros. Meu conselho é: faça do cumprimento uma arte de demonstração de carinho por meio de um sorriso sincero olho no olho.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


ÉPOCAS PASSADAS, SAUDADES

Prescila Alves Pereira

Essa semana, conversando com um amigo, ele disse que sentia muita saudade de uma pessoa em especial. Respondi a ele que a saudade é um dos melhores sentimentos que temos, porque é a saudade que nos mostra que amamos, que gostamos, que estamos apaixonados, e melhor, que estamos vivos. É a saudade que nos faz relembrar que vivemos momentos felizes, que tivemos pessoas que valeram a pena, que vivemos histórias significativas.
É a saudade, que faz o nosso peito inflar de alegria, porque a saudade relembra pessoas queridas, momentos importantes de nossas vidas. É a saudade que faz nossos olhos derramarem lágrimas, pela ausência dos entes que não veremos mais. A saudade, é sinônimo de vida bem vivida, de estrada bem caminhada, de coração pulsando no peito, de lembranças queridas. Como é bom sentir saudade!
Sentimos saudades, quando nossa mente nos transporta para épocas passadas de nossas vidas. Sentimos saudades, quando lembramos dos sorrisos que compartilhamos, dos abraços que recebemos, dos beijos que com amor e carinho doamos, do olhar cheio de significado, dos suspiros apaixonados.
Sentimos saudades dos amigos de nossa infância, de simples momentos, das travessuras realizadas na ingenuidade e doçura da infância, das brincadeiras, dos aniversários.
Sentimos saudades da adolescência, do primeiro amor, do primeiro beijo, do primeiro namoro, das descobertas e aventuras vividas na passagem de uma fase para outra.
Sentimos saudades, da fase da juventude, da ansiedade do vestibular, da alegria ao contemplar o nome na lista dos aprovados, do primeiro dia de aula em um curso superior, das festas e viagens sem preocupações sérias.
Sentimos saudades da puberdade, do primeiro emprego após ter uma profissão, da responsabilidade assumida diante do altar no auge da paixão. Da primeira gravidez, da chegada do primeiro herdeiro, da compra da primeira casa.
Entre tantas saudades, rimos sozinhos de momentos vividos, quando com a mente visitamos o passado. Choramos com as recordações de momentos compartilhados com pessoas, que pela força da morte, não podemos mais vê-los.
Choramos de saudades, pela rejeição daquele que tanto amamos e partiu sem olhar pra trás, sem se importar com as lágrimas molhando nossa face, com os pedaços de nosso coração.
Derramamos-nos de saudades, quando a distância não nos permite dar aquele abraço carinhoso na pessoa amada, no pai, na mãe, no filho, no amigo ou amiga querida.
Mas o que é a saudade? Sophia de Mello Breyner Andressen no poema A menina do Mar poeticamente afirma que “a saudade é a tristeza que fica em nós quando as coisas de que gostamos vão embora.” Saudades é a vontade de reviver épocas passadas, momentos que não voltam mais.
Particularmente, não vejo a saudade apenas como tristeza, mas também como a alegria de ter vivido um momento único em uma época feliz de nossa vida. A saudade traz o gosto amargo do fel pela dor do amor não correspondido. A saudade traz a doçura do mel pelo amor compartilhado. E essa mistura de mel e fel, tempera a vida em meio a lágrimas vertidas e sorrisos estampados. Tristeza ou alegria, a saudade é sinônimo de que vivemos e estamos vivendo.