terça-feira, 27 de janeiro de 2009



DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Por Prescila Pereira

Hoje, me sentei à beira do caminho para observar a paisagem que outrora eu muito admirava.
Procurei a grama verdinha que forrava aquele chão, mas não a encontrei. Em seu lugar, um chão tórrido, seco, cheio de erosão.
Procurei a belíssima e majestosa árvore que fazia sombra ao gramado, mas não a encontrei. Em seu lugar, um tronco seco e sem vida.
Procurei o rio que corria em meio a toda beleza daquele lugar, com sua água azul e transparente, mas não o encontrei. Em seu lugar, um leito seco e sem beleza alguma.
Busquei pelas muitíssimas flores que embelezavam com suas múltiplas cores, complementando a beleza da paisagem, mas não as encontrei. Em seu lugar, galhos secos e nada mais.
Busquei ainda pelos beija-flores, mas estes também não estavam lá.
Olhei para o céu e não era azul como antes, mas vermelho misturado ao preto.
A noite se aproximava, mas no céu outrora estrelado com uma belíssima lua a iluminá-lo, agora apenas um fundo acinzentado.
Assim sendo, gritei: Deus, o que foi que aconteceu neste lugar?
Ao fundo, uma voz triste e decepcionada respondeu: “o homem que coloquei no paraíso que pra ele criei, na ânsia da busca incansável pelo poder, pela riqueza excessiva, esqueceu de zelar pelo seu lar. Criou indústrias sem o planejamento adequado, derrubou florestas sem reposição das mesmas e, com isso, atraiu excessivo calor, poluição desmedida, sufocando a vida.
Ousei ainda perguntar: “Mas Deus, e o desenvolvimento sustentável, irá resolver o problema do planeta terra?”
Tristemente, respondeu: “Não, é tarde demais. Vai apenas amenizar, mas jamais será como antes.”

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