QUEM
DECIDE: VOCÊ OU O DESTINO?
Prescila Alves Pereira
No curso de Direito,
quando ouvi a teoria, a meu ver simplista de Sartre e a de Rousseau de “que o homem nasce bom e que é a sociedade
que o corrompe”, fiquei um tanto chocada. Em virtude desse choque, comecei
a ler a teoria de muitos pensadores que defendem teses diversas. Aprendi muito,
mas percebi que quando se trata do estudo do pensamento sobre o pensamento
humano, nenhuma teoria é conclusiva, tamanha a complexidade desse tema.
No entanto, uma coisa é certa, o destino é responsável sim por muitas coisas
que acontecem em nossas vidas. Estou mais para acreditar no que defende Augusto
Cury de “que o homem nasce neutro, mas
com grande potencial para ser generoso ou agressivo, e o que mais o influencia ou corrompe são as
armadilhas mentais não trabalhadas que estão na base da confecção das suas
reações e de seus pensamentos.”
Com base na
experiência de vida e na citação acima, percebo que se o ser humano não souber
administrar seus próprios pensamentos, pode, de acordo com as experiências
vividas se tornar mal ou bom. Todo ser humano passa por experiências múltiplas
ao decorrer da vida. Uns tem mais percas que ganhos, mais fracassos que
vitórias, apesar de todas tentativas. Outros, mesmo sem buscar muito por êxito,
obtêm muito da vida. Por exemplo, outro dia no supermercado, meu esposo
conversava com um homem que se formou em contábeis junto com ele. Esse homem
contou que estava trabalhando de balconista e ganhava oitocentos reais por mês,
apesar de ter pós graduação em auditoria e ter tentado muitas vezes obter
trabalho na área para a qual havia se formado. Disse o homem ao meu esposo:
você nem tem pós graduação e é sócio do terceiro maior escritório de Campo
Mourão e nem procurou por isso, simplesmente aconteceu. Fiquei pensando naquela
conversa que apenas ouvi.
Realmente, de forma simples e nada técnica dos grandes
pensadores, temos a possibilidade de decidir sobre muitas coisas em nossas
vidas, mas não em todas. As vezes buscamos, lutamos para conseguir algo e vem a
vida e nos dá outra coisa bem diferente do que buscamos. O EU não tem o total
poder de decisão, uma vez que nosso consciente é bombardeado constantemente
pelas nossas memórias inconscientes e a partir dessas, se não soubermos
administrar, nos tornamos bons ou maus, vitoriosos ou fracassados. O ser humano
nasce com tendência a bondade e a maldade, mas é no decorrer da vida que ele
decide que caminho seguir. Nasce neutro,
mas possui os dois lados da moeda: bondade e maldade. Com base nisso, podemos
concluir que há coisas na vida que você decide e outras que o destino decide
por você. Uma coisa é certa: enquanto houver seres humanos pensantes a teoria da existência
estará inacabada.
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