segunda-feira, 13 de julho de 2009


VISÃO ECONÔMICA SOBRE A REDUÇÃO DO IPI

Prescila Alves Pereira


Que a economia é uma roda viva ninguém discute, e para manter esta roda nas engrenagens e funcionando de modo mais favorável, o Governo Federal decidiu nessa segunda feira passada, dia 29/06, manter a redução do IPI. Tal medida vem favorecer aos que trabalham no comércio, porque com a manutenção da redução do IPI, há uma procura maior dos produtos beneficiados por essa decisão. E a roda continua girando, porque havendo trabalho, há ganho, havendo ganho, há compra; havendo compra, há lucro.
Segundo o Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio – CNTC, Antônio Alves de Almeida, se o Governo não tivesse mantido a redução do IPI, cerca de dez por cento das vagas na área do comércio poderiam ter sido fechadas. A estimativa de renúncia fiscal que essa medida implica é de R$ 1,35 bilhão em quatro meses. No entanto, a cúpula do Governo considera um efeito pequeno sobre a arrecadação se comparado à possibilidade de demissões no setor.
Mesmo porque, se houvessem todas essas demissões, a roda da economia ia rodar bem mais devagar do que esta rodando. Assim sendo, a manutenção da redução do IPI na compra de carros novos e eletrodomésticos da linha branca é uma medida benéfica, que garantiu a manutenção do emprego de muitos trabalhadores no comércio.
No entanto, é uma medida que veio manter o quadro em que a economia se encontrava. A manutenção da redução do IPI não vai fazer milagres pra resolver o terremoto em que a roda da economia se encontra. Não é o anjo de salvação, mas a medida é plausível.
Segundo Luís Nassif, existe consenso entre os economistas de que a atuação do Ministério da Fazenda nos últimos meses, trazendo medidas como a redução do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, foi decisiva para impedir que a crise se transformasse em um terremoto.
Os empresários da área de eletrodomésticos afirmam que desde o início das reduções, em 17 de abril, as vendas de eletrodomésticos cresceram mais de 20%, mas a margem de lucro geral continua a mesma. Em outros termos, o lucro das lojas aumentou, mas o lucro geral continua no mesmo patamar.
Em entrevista à Reuters, sobre ao corte permanente para a redução do IPI na indústria automotiva, o Presidente Lula afirmou: "A minha posição é de que nós precisamos transformar isso em uma política permanente".
Uma coisa é certa, a redução do IPI na aquisição de automóveis, veio realizar o sonho de muitos em ter um carro zero quilômetro na garagem.
Com a redução do IPI, a função de evitar demissões e o conseqüente aumento da recessão foi cumprida.
Assim sendo, em análise geral, a redução do IPI trouxe para o povo diversos benefícios, como a manutenção do emprego de muitos, aumento das vendas de eletrodomésticos, veículos, materiais de construção, paz de espírito, como conseqüência da manutenção do emprego, realização do sonho de se ter um carro novo, ou ainda, de se construir ou realizar aquela desejada reforma da casa. Em contrapartida, o Governo perdeu com a renúncia fiscal bilionária, mas ganhou na visão do povo, porque cumpriu com o seu papel de Governo, trabalhando em prol da coletividade.
Na nossa visão de serventuários da economia, essa redução veio confirmar que as cargas tributárias de nosso país devem ser reestudadas, pois em sendo menor a carga tributária, maior será a competitividade e a produção das empresas. O Governo não sairá perdendo, porque a própria economia se encarrega de gerar riquezas em novas transações comerciais. O Brasil, como modelo em desenvolvimento necessita de uma visão permanente de longo prazo, melhorando a competitividade e a produção e consequentemente, elevando o número de trabalhadores e toda a arrecadação tributária, assim o acredito.

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